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Emergence Affair

Emergence Affair apresenta-se com duplo sentido. A urgência do acontecimento reclama a intervenção, a construção e o movimento regulado por elementos condutores que impõem o percurso e a direcção. Aqui, os vectores actuam construtivamente, enunciam direcções (movimentos) que se intersectam em pontos através dos quais o espaço é construído. Por outro lado, o acontecimento emergente produz diferentes níveis de realidade, onde o (re)conhecimento se relaciona com o contexto e reclama o diálogo. Neste sentido, o acontecimento é apresentado como suspenso no tempo e no espaço; as coordenadas da sua localização permanecem desconhecidas. Assim, a racionalidade perceptível é desagregada de um discurso único e lógico. O diálogo sugere um comportamento exploratório, dinâmico, vital e orgânico, em que movimentos de aproximação e distanciamento definem a incerteza do que é representado.

Emergence Affair aborda conceitos como a incerteza, o conflito e a síntese. Os objectos (pintura/desenho) que constituem esta exposição são depurados de referências sobre o método utilizado na sua construção (não é visível o processo através das quais eles foram construídos). Deste modo, todas as forças, tensões e movimentos estão ocultos e permitem a elaboração de múltiplas relações entre diferentes contextos. O espaço ocupa, aqui, um papel central e define-se nos seus limites. No entanto, a falta de referências exteriores que estão implicadas na sua construção permite criar relações efémeras que dependem do contexto em que se pretendem estabelecer.

Ricardo Pistola, 2014.

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